A capacidade de puxar para o sentimento é uma arte. Às vezes, resulta e ficamos impressionados (ex:filme romântico). Outras resulta, mas ficamos envergonhados (ex:cena de telenovela). Outras ainda, não funciona de todo (ex:canção pimba a falar de criancinhas).
A verdade é que a música certa, o ritmo adequado, a voz off grave, tudo isso pode contribuir para criar esse efeito "se calhar vou chorar".
Penso que, inevitalvemente, a tendência é ficarmos cada vez mais indiferentes a esses métodos de carniceiro. Quando temos à nossa frente grandes cirurgiões das emoções, então talvez desabemos ou fiquemos simplesmente boquiabertos por termos sentido um nó no estômago.
Toda esta reflexão a propósito desta publicidade, tão singular, subtil e, a meu ver, tão pungente.
Não sabemos, de facto, quais os botões que activam estas nossas reacções pró sentimento, mas que eles existem e que alguns sabem mesmo onde carregar, não há dúvidas.
4 comentários:
Arriscando parecer um calhau, mas emocionei-me mais com o teu texto do que com o filme.
;-.)
Eheeheh, sinto-me lisonjeada com este comentário.
E, na verdade, não estranho nada as diferenças de efeito na causalidade do puxar ao sentimento. às vezes, o sentimento não é puxado. Não só porque os tais botões variam de pessoa para pessoa, como também variam na própria pessoa consoante o momento.
achei o anúncio violento, não sei pq.
de resto, sp que vejo um anúncio que me puxa os pelos para cima fico logo a pensar que é de telemóveis
pois eu que considero-me a encarnação masculina da Madalena, aconteceu-me o mesmo que à Sandera. Ana, és tu quem conhece os ingredientes para por uma pessoa a chorar!
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