E o Verão convida à festa, à noite, às ruas cheias de gente. No último fim-de-semana, tive a possibilidade de assistir a metade de um dos espectáculos do Festival ao Largo e, além do enorme prazer que me deu assisti-lo, acrescentou-se o bem-estar de desfrutar de uma noite lisboeta cheia de gente, de vida e de animação.
Agora, as noites enchem as ruas e vice-versa, deixando no ar aquele brilho dos passeios nocturnos à larga, como nas férias de verão na praia, em que se saboreiam gelados fora de horas e se fazem compras em bancas improvisadas. O verão tem dessas coisas e, agora que somos adultos, é bom poder desfrutá-lo mesmo nas nossas cidades. Nesse desfrute tornam-se ainda mais apaixonantes.
A mim e àqueles que, como eu, ainda não partiram para a costa e ainda estão nos seus trabalhos e trânsitos, é a noite que nos chama, restaurando a luminosidade do dia seguinte.
Mudando de paisagem, apetece também sair da cidade e renovar o olhar, inspirando o mesmo prazer da brisa fresca da noite. E deparei-me então com este outro festival, para os lados do Alentejo, que mistura urbano e rural, que parece ambicionar a essa mistura boa de fazer tudo e nada fazer.
É um pouco assim o Verão, mesmo sem férias. Tudo corre, tudo puxa, tudo é uma esplanada em que nada se faz e tudo se é, em que tudo é possível e encontra-se sempre um bom caminho.
Hoje apetece-me veranear para sempre, é um facto.

Imagem do festival Escrita na Paisagem, o tal Festival de Performance e Artes da Terra.
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