segunda-feira, 6 de julho de 2009

Desfilemos

Ontem estive no FIG - Festival Internacional de Gigantes, no Pinhal Novo. O festival já vai na 7ª edição e junta a tradição popular dos cabeçudos com o lado mais performativo do espectáculo de rua. Não tive oportunidade de assistir a nenhum espectáculo, mas sim o privilégio de ver o desfile. Em grande festa, com os grupos todos representados, o público pode assistir ao desfile de máscaras e gigantes. Com a presença de vários grupos de percussão, a marcha foi mesmo uma completa animação.

A possibilidade de assistir e/ou integrar um desfile é uma experiência de contaminação. É trazer mesmo a alegria para a rua, a capacidade de nos mostrarmos/olharmos para os outros. E fazer uma grande festa pública.

A pensar nisso, lembrei-me de um outro desfile, a Peregrinação da Expo 98. Já passaram mais de 10 anos, mas a verdade é que muitas daquelas máquinas de cena continuam presentes na nossa memória, ou pelo menos aquela sensação tremenda de estar a ver passar uma das paradas mais espectaculares a que poderíamos assistir. Todos os dias durante a Expo 98, o desfile acontecia, trazendo um imaginário único, cheio de universos alternativos, capaz de cativar todos os públicos, todas as idades.


É esse lado do desfile, transversal, universal e agregador, que me atrai. Seja num acto artístico, seja num acto político, seja num acto popular. Neste acto colectivo de partilha, há lugar para a procissão e para a Marcha do Orgulho.

Um desfile eleva. Tem um objectivo utópico na sua marcha, que se vê na cadência dos que desfilam e na persistência dos que assistem. Um desfile revela-se nas suas passadas. Cresce quando se cumpre o seu caminho, levando consigo mais e mais gente, espalhando beleza, ideias, alegria e festa.

Dá gosto sair à rua.

1 comentário:

asimoes disse...

gosto mto de procissões, e marchas e manifestações das boas.
acho que era capaz de me tornar viciada nisso

claro que nas manifs políticas há sp coisas que me irritam, mas tento esquecê-las