A possibilidade de assistir e/ou integrar um desfile é uma experiência de contaminação. É trazer mesmo a alegria para a rua, a capacidade de nos mostrarmos/olharmos para os outros. E fazer uma grande festa pública.
A pensar nisso, lembrei-me de um outro desfile, a Peregrinação da Expo 98. Já passaram mais de 10 anos, mas a verdade é que muitas daquelas máquinas de cena continuam presentes na nossa memória, ou pelo menos aquela sensação tremenda de estar a ver passar uma das paradas mais espectaculares a que poderíamos assistir. Todos os dias durante a Expo 98, o desfile acontecia, trazendo um imaginário único, cheio de universos alternativos, capaz de cativar todos os públicos, todas as idades.
É esse lado do desfile, transversal, universal e agregador, que me atrai. Seja num acto artístico, seja num acto político, seja num acto popular. Neste acto colectivo de partilha, há lugar para a procissão e para a Marcha do Orgulho.
Um desfile eleva. Tem um objectivo utópico na sua marcha, que se vê na cadência dos que desfilam e na persistência dos que assistem. Um desfile revela-se nas suas passadas. Cresce quando se cumpre o seu caminho, levando consigo mais e mais gente, espalhando beleza, ideias, alegria e festa.
Dá gosto sair à rua.
1 comentário:
gosto mto de procissões, e marchas e manifestações das boas.
acho que era capaz de me tornar viciada nisso
claro que nas manifs políticas há sp coisas que me irritam, mas tento esquecê-las
Enviar um comentário