terça-feira, 22 de setembro de 2009

a vida, uma viagem

Acordas um dia e decides que vais para o Cairo dançar dança do ventre. Parece um pouco despropositado, invulgar e talvez a tua família e amigos se juntassem para te travar e internar-te. Para Joana Martins, ou melhor Joana Saahirah, isso aconteceu mesmo, tornando-se uma das mais cotadas bailarinas de dança do ventre do Egipto.

O que acho mais espantoso nesta história é a coragem da decisão. Seres uma mulher portuguesa e decidires mudar completamente a vida, para realizar um sonho pouco previsível num país muçulmano. Não é um caminho simples, fácil ou que outras tenham traçado antes de ti.
Li um artigo sobre ela no i de Sábado (que infelizmente não consegui encontrar online) e fiquei impressionada pelo seu percurso. Estes percursos de vida, que fazem dela uma viagem, desafiando o convencional e o expectável, simplesmente atrevendo-se a seguir uma ideia louca.
Acho que há um paradoxo no português de ser pioneiro e conformado ao mesmo tempo. Vê-se grandes investidas, desenfreadas e arriscadas, e depois muito marasmo.
No final, há uma mulher portuguesa a fazer dança de ventre como poucas. E isso compensa.

6 comentários:

Anónimo disse...

a familia e os amigos juntaram-se e tentaram interná-la?????
ehehhe eu percebi mas quando disseste que aconteceu mesmo tive de voltar a ler.

impressionante!!!

sandera

Anónimo disse...

tive a ver os vídeos... tem muito de talentosa e visualmente faz lembrar romana encontra shakira e decidem ser actrizes porno... mas o talento impressiona mais que a piroseira...acho!

sandera

ana vicente disse...

pois, a família não a internou... nem tentou. estava nessa parte num cenário hipotético parvo.

eu também a achei muito muito pirosa, mas a história é muito boa, que nem me rala.
Nem sequer consigo ver os vídeos...

ana vicente disse...

afinal consigo... é de ver no site dela.

asimoes disse...

sim, temos essa dualidade, nós portugueses, entre o marasmo e o toma lá risco!

somos mto complexos nós portugueses

:D

Kardo disse...

viva a confusão cerebral portuguesa!
(se não, hoje não estaríamos a comer Tempura!)