sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quase quase a reflectir, os vencedores são...

Acho que não sou a única a sentir que estas eleições estão mais acesas do que o habitual. Por um lado, existe o efeito Sócrates que parece despertar em muita gente uma raiva espumosa que move e desperta opiniões e convicções profundas. Depois há este clima de suspense, quem é que vai ganhar? E quem se irá coligar? Isso levanta medos e inseguranças em muita gente, surgindo novas e destemidas opiniões para sossegar outros.
Entretanto, os portugueses têm vindo a desenvolver algum espírito cívico, ainda efeito, a meu ver, do último referendo, o que tem ajudado.
Não foram tanto as ideias em causa, mas mais todo o circo à volta e o sentimento profundo anti-sócrates e ferreira leite que foram motor desta campanha.
Mantendo este nível de análise, acho que há três cartazes vencedores de campanha.



Bem feito, quentinho, cheio de esperança e garra, o último outdoor do Sócrates ultrapassa todos os outros que lançou durante a campanha. É uma peça de comunicação eficaz e motivadora como devem ser as de campanha.


O último do BE é o derradeiro passo para o poder. Finalmente atingiram a maturidade e querem mostrá-lo. Inspiram a confiança de mostrar a cara, colocando-se à frente da causa e responsabilizando-se pelo seu trabalho. Eles dizem que não vão fazer coligação, mas era capaz de nos dar muito jeito.



A pedra no charco que só alguns podem dar (antes era o BE), um desabafo universal presente no consciente de muita gente (mesmo que não seja no voto), a gargalhada anti-sistema, é assim o outdoor do MMS, que andou a campanha toda a queixar-se da comunicação social, deixando logo de ter graça.

2 comentários:

Anónimo disse...

acho que fazerem a coligação era uma forma de demonstrarem maturidade

(caso contrário ficamos com o fdp do pp, com todo o respeito por quem votou neles, viva a democracia, abaixo a abstenção!)

joana disse...

pois eu cá acho que o que fez mesmo a diferença nesta campanha foi o "esmiuçar os sufrágios". é que nunca se viu tanta gente a falar de política como nesta campanha. nós portugueses gostamos de rir, e isso é mesmo muito bom sinal!