quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

prendas de Natal III - envelopes personalizados

A estratégia do envelope como presente apurou-se e hoje o "envelope" pode ser uma prenda ainda mais espectacular. A verdade é que o acto de oferecer dinheiro segue acompanhado de alguns constrangimentos. À partida, quem recebe gosta, mas, normalmente, quem dá receia que possa ser pouco personalizado ou indiciar falta de interesse. Talvez por isso, é uma prenda que associamos aos avós, pois o reconhecimento da diferença geracional é positivo e oferecer um envelope indicia preocupação, "compra alguma coisa que gostes". O envelope, durante anos, foi o presente que nunca falha, mas sem nunca ser "quentinho". Ainda continua a ser, mas agora há um novo mundo de possibilidades em presentes que nunca falham: os vouchers.
Dêem-me um voucher e ficarei feliz, é o meu mote.
Tudo começou com os cheques-disco, cheques-prenda, mas hoje a palavra voucher carrega mundos, em vez de vales. É um presente que garante a quem dá e a quem recebe a mais pura e desejada sensação de presente: a satisfação. Quem dá, imagina que está a dar um fim-de-semana, uma massagem, uma experiência radical - algo real e que se vislumbra concretizável especificamente para aquela pessoa. E quem recebe, vê-se com algo nas mãos à partida totalmente desejável, com a antecipação da felicidade, a expectativa crescente sobre o momento da realização. Parece publicidade ao conceito, mas na verdade não é. É mais o reconhecimento do sucesso e eficácia da ideia. Pois, o acto de dar e receber resulta no momento - não é escasso e envergonhado como no envelope, em que há pudor de ver o interior à vista de terceiros e que o resultado final (para que servirá o dinheiro) ainda não está definido. Com o voucher, mesmo que não seja efectivado, o acto de presentear resulta por si mesmo.
O conceito, obviamente, tem sofrido multiplicações e mutações. Hoje, o mercado dos vouchers é competitivo e busca inovações muitas vezes inesperadas e, ao primeiro olhar, despropositadas.
No final, compensa. Pois um presente é também a doce expectativa de o gozar e, neste caso, funciona na perfeição.

3 comentários:

Sandera disse...

Estes packs são um óptimo presente de facto, e no natal são a melhor opção para "o casal", os fins de semana, escapadinhas e tal...mas o que gosto mesmo é quando são um presente que até nem era directamente para mim e acabo por usufruir por arrasco ;-.) só coisas boas!!!

Sandera disse...

arrasto queria dizer...chiça tenho de largar o gins tónicos ;-.)

ana vicente disse...

era o que eu estava a pensar, eheheh.